quinta-feira, 5 de junho de 2014

Narrativa Poética

Atrás de uma casa grande
Onde havia muito mato
E parecia a Amazónia.

Era um dia de verão
Numa sexta-feira
E estava um calorão
Enquanto estava com a bebedeira, subi para cima da mesa.

Estava com o Charlly
Ele tem olhos castanhos
É muito alto, como a torre Eiffel
Estava vestido de preto e deu um salto
E estava cheio de sono.

Vimos 6 ou 7 homens
Com duas carrinhas que falavam
Estavam a trocar coisas
Havia uma mulher no meio dos homens
Que estava atada com cordas e linhas
E os homens trocaram-na
Por uma carrinha cheia de dinheiro
Mas quando já tinham o dinheiro
Iam entregar a mulher
Mas mataram-na e fugiram, e até levaram um mealheiro.

Se fosse eu não fazia assim
Não me escondia tanto
Quando fosse para fazer a troca não matava a mulher,
Não podiam estar lá tantas pessoas naquele canto
Porque assim ia lá a polícia e podia apanhá-los.
Ia com a cara tapada
Para ninguém me conhecer
E tapava a matrícula da carrinha que é um camião.

Se me tivessem visto
Tinham-me mandado para os anjinhos
Ou então faziam chantagem,
Ou podiam-me raptar como previsto
E usar-me para trocas.
Nunca mais via a minha família
Nem os meus amigos.

Eu nunca mais me esqueço disto.
Eu daqui a uns anos vou lembrar-me de tudo isto.

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